A função
metalinguística da língua, que se volta para o próprio código, pode ser
apresentada dentro cinema, das artes plásticas, do teatro, em poemas, textos.
Cotidianamente na fala quando se interpela alguém sobre uma dúvida. Diferente
das outras funções, o foco da metalinguagem é a mensagem, o código, a língua, o
meio usado para a expressão.
Quando um filme retrata
o próprio cinema, um texto fala sobre a escrita, uma peça de teatro representa
o teatro, ou os dicionários que explicam o significado das palavras através de
palavras, são manifestações metalinguísticas. De Mario Quintana, “Os Poemas” é uma forma clara dessa
função, pois ele usa o próprio poema como tema.
“Os poemas são pássaros que
chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...” (Mario Quintana)
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...” (Mario Quintana)
Ou uma música que fala
sobre a própria canção, como Samba De Uma Nota Só de Tom Jobim E Newton
Mendonça
Eis aqui
este sambinha feito numa nota só.
Outras notas vão entrar, mas a base é uma só.
Outras notas vão entrar, mas a base é uma só.
Já me
utilizei de toda a escala e no final não
sobrou nada,
Não deu em nada.
Não deu em nada.
E voltei
pra minha nota como eu volto pra você.
Vou contar com uma nota como eu gosto de você.
E quem quer todas as notas: ré, mi, fá, sol, lá, si, dó.
Fica sempre sem nenhuma, fique numa nota só.
Vou contar com uma nota como eu gosto de você.
E quem quer todas as notas: ré, mi, fá, sol, lá, si, dó.
Fica sempre sem nenhuma, fique numa nota só.
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